POETAS MODERNOS
- Pedro Luso de Carvalho
Ouvia-se alaridos tantos
nos tantos quadrantes
no longínquo ano de vinte
e dois, saídos do teatro
paulista, mudanças tantas,
repto ao estável universo
das artes, que giravam
giravam em redemoinho.
Vanguardistas viam à frente
ocultos horizontes:
Oswald de Andrade
e Mário de Andrade
(que nem parentes eram).
Palco do Teatro Municipal,
expostas as vísceras
de conservadores,
tantos passos à frente
mutação nunca imaginada.
Frutos dessa mesma árvore
da Semana, os poetas:
Manuel Bandeira, Carlos
Drummond de Andrade,
Cecília Meireles, Vinícius
de Moraes
e João Cabral de Melo Neto.
Poetas modernos
da árvore de 22 ramificada
há muitos no país,
carência de espaço e tempo,
pausa para citá-los.
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