15 de jun. de 2021

(Poesia) PEDRO LUSO – Soneto da penúria


Cândido Portinari / Os Retirantes - 1944



SONETO DA PENÚRIA

                   – Pedro Luso de Carvalho




Na cidade há gente com fome,

mulheres e homens maltrapilhos

gente desconhecida, sem nome,

para a sociedade empecilhos.



Essa sofrida vida, que vemos,

nódoa que em nós está grudada

enreda para que a derrotemos

com nosso canto, nossa toada.



Não deixemos que a fome mate

gente à míngua de esperança,

ajuda seja nó que não desate.



Que não venham para enganar,

sempre fazem, habitual usança.

Fome, quer o faminto matar.





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24 comentários:

  1. Algo que muito admiro em Macau - não há sem abrigo, muito menos gente a passar fome.
    Um abraço

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    1. Obrigado pela ilustre visita, amigo Pedro.
      Uma boa semana aí em Macau.
      Grande abraço.

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  2. Poema muito bonito que aplaudo e elogio.
    .
    Cumprimentos poéticos
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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    1. Obrigado, amigo Ricardo
      uma boa semana no seu Portugal.
      Grande abraço, poeta.

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  3. Olá, amigo Pedro!
    Belíssimo soneto meu amigo!

    Quanta verdade está aqui presente.
    Míseria e fome, que é completamente indiferente ao poder político. Que como diz, e bem, não passam de empecilhos.

    Um grito de revolta e denúncia.

    Parabéns!

    Continuação de boa semana!

    Abraço amigo.

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    1. Portugal se faz presente com o amigo Mário Margaride.
      Agradeço a visita, poeta!
      Grande abraço e uma ótima semana.

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  4. Un sonetto che denuncia la sofferenza e la fame del popolo abbandonato a se stesso in tempo di pandemia a cui viene negato l'aiuto sanitario e di sostentamento che serve a sostenerlo. Bellissimo sonetto che mette in luce la spfferenza di un grande paese lasciato nell'indigenza. Un caro saluto ed un abbraccio amico Pedro da Grazia. Buona vita!

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    1. Da Itália recebo a visita que muito me prestigia, a poeta Grazia Denaro.
      Obrigado pela visita, amiga.
      Um abraço.

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  5. Pois é, Pedro, entra ministro, cai ministro; mais as temporadas de secas, enchentes, bueiros entupidos, morros desmoronando, edifícios desabando, caixas de Bancos explodindo, hospitais superlotados
    Não quero ser ferina nem irônica... mas que mais eu poderei fazer se delego meu voto na maior das confianças e quase nada do que se espera acontece?
    Pelas ruas, mãos humilhadas se estendem; nos tocam e suplicam. Já conhecem o que é desprezo, o que é fome, o que é sede, o que é martírio. Conhecem um lado da vida que nós não conhecemos. Banheiros e chuveiros não existem para os moradores de rua. E como é que fica? Algum político já deu alguma solução?
    Belo teu poema no sentido de retratar a realidade de muitos, milhões. Está aí, pois, a gigante desigualdade que vinga nesse país.
    A obra de Portinari - Os Retirantes -, foi muito bem escolhida.
    Beijinho, querido, daqui do lado.

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    1. Agora a ilustre visita vem daqui, do sul do Brasil, do escritório ao lado do meu!
      Para minha cronista favorita,
      um beijinho!

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  6. A fome é uma vergonha para a Humanidade. É a nódoa que os poderosos não estão interessados em limpar. Gostei do seu poema, meu Amigo Pedro.
    Cuide-se bem.
    Um beijo.

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    1. Vem de Portugal o comentário da amiga Graça Pires, talentosa poetisa.
      Obrigado amiga.
      Beijo.

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  7. Hermosos versos para denunciar las penas de alguna parte de la sociedad que se encuentran en la vida, llenas de desesperanza.
    Un gusto la lectura Pedro.
    Un abrazo y buen día.

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    1. Olá, Elda,
      é com satisfação que recebo aqui no extremo sul do Brasil o seu simpático comentário.
      Obrigada, Poetisa.
      Um abraço.

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  8. Olá, Pedro!

    Este olhar é de quem olha as feridas sociais e não se conforma.

    Para quando a justiça, a humanidade?

    Parabéns, meu amigo.

    Um beijo.

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    1. Obrigado, amiga Teresa.
      É sempre uma satisfação receber a poetisa portuguesa nesse espaço.
      Um bom final de semana, SAÚDE!
      Beijo.

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  9. A fome continua a matar muita gente em todo o mundo, provavelmente mais que a pandemia. E não há vacinas contra a fomr...
    Excelente poema, gostei muito da forma e do conteúdo.
    Um abraço, caro amigo Pedro.

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    1. É sempre uma satisfação receber o comentário do poeta português aqui no blog Panorama.
      Uma excelente semana, amigo Jaime.
      Abraços.

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  10. Palavras sentidas e profundas que denunciam uma triste e dolorosa realidade, que existe um pouco por todo o mundo.
    Um poema sublime
    Boa semana
    Beijinhos

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    1. Olá, Maria, muito obrigado pela sua presença e comentário.
      Uma ótima semana, cuidando-se, amiga.
      Um beijo.

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  11. Olá, amigo Pedro!
    A fome e a míseria, são o "petisco" da demagogia politica. Todos falam de governar para o povo, para irradicar a miséria e a fome. Mas depois, alimentam-se dela para se governar a si próprios.

    Excelente poema, amigo Pedro!

    Votos de uma excelente semana, com muita saúde.

    Abraço amigo.

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    1. Olá, amigo Mário!
      Muito grato pela ilustre visita e comentário.
      Uma boa semana com saúde, amigo poeta.
      Grande abraço.

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Obrigado a todos os amigos leitores.
Pedro