24 de mar. de 2021

(Poesia) PEDRO LUSO – A Noite




     A NOITE
       – PEDRO LUSO DE CARVALHO


A janela do quarto,
na semiobscuridade,
bate repetidamente.
É o vento
trazendo lembranças
e fantasmas
das lonjuras do tempo.
Vento forte
quebrando a solidão
do bronze das estátuas,
esquecidas
nas praças desertas.
A cidade dorme
com suas feridas expostas.



*   *   *




6 comentários:

  1. Anônimo14:01

    Magnífico!
    Para complementar, a Balada da Neve: https://www.escritas.org/pt/t/2470/balada-da-neve
    Pedro Cruz

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    1. Muito obrigado Pedro Cruz, seja sempre bem-vindo.
      Um abraço.

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  2. Anônimo14:17

    Meu Caro, este e «O passado é logo ali» são, a meu ver, os seus melhores poemas. Também gostei do «Ventania».
    Este fez-me vir à memória a «alada da Neve»; não sei se conhece. Há-de gostar: https://www.escritas.org/pt/t/2470/balada-da-neve
    Estranhamente, injustamente, este seu poema, ao contrário dos outros, não tem comentários. Fica este, de um leitor exigente, como forma de reparação.
    Parabéns!
    Pedro Cruz

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    1. Fico contente com sua visita e também por ter gostado do Poema 'Ventania' e do 'O Passado é logo ali'.
      Um bom fim de semana.
      Abraços.

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  3. Não se tem dúvidas que a noite, na maioria das vezes, é sempre dramática quando a solidão a embala.

    "A cidade dorme
    com suas feridas expostas."

    Belíssimo!
    Beijinho, daqui!

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    1. Que bom receber esse comentário dessa maravilhosa cronista.
      Um beijinho daqui do lado!

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Obrigado a todos os amigos leitores.
Pedro