2 de ago. de 2017

MOZART – Parte I




PEDRO LUSO DE CARVALHO

WOLFGANG AMADEUS MOZART, nome que mais tarde o músico passaria a usar. Foi registrado com o nome de Joannes Chrysostomus Wofgangus Theophilus Mozart. Nasceu em Salzburgo, Áustria, a 27 de janeiro de 1756. Filho de Leopold Mozart, músico da Côrte, e de Ane Marie Pertl Mozart. Aos cinco anos de idade, Wolfgang Amadeus iniciava sua carreira de compositor.
Na sua infância e juventude, Leopold Mozart (o pai) morava com a família na pequena cidade de Augsburgo, Áustria. Como seus pais, modestos artesãos, não podiam pagar seus estudos artísticos, estudou por conta própria. Mais tarde foi levado para Salzburgo por seu padrinho, que era cônego, para estudar teologia. Era sua intenção torna-se sacerdote. Por dois anos, estudou na Universidade de Teologia e Lógica. Ao final desse tempo, resolveu levar adiante o seu plano para tornar-se músico, mesmo com o prejuízo sofrido com o corte da mesada, pelo seu padrinho, que ficou desgostoso com essa decisão.
Ao deixar a universidade, o jovem Leopold Mozart conseguiu emprego como secretário do Conde Thurn; com isso, passou a dedicar-se ao estudo da música com seriedade, compondo músicas sacras e uma ópera, que foi apresentada na universidade. Com a repercussão obtida com a sua ópera, Leopold foi contratado para tocar na orquestra do Príncipe Arcebispo.
Leopold também passou a dar aulas de violino para os meninos da capela. Depois, conheceu a filha do administrador do castelo de Saint Gilgen, Anne Marie Pertl, com quem se casou. Daí em diante, passou a ter uma vida estável e com conforto. Do casamento, nasceu Marianne, carinhosamente chamada de “Nannerl”. O casal e a filha formavam uma família feliz.
Foi nesse ambiente alegre e harmônico que nasceu Wolfgang Amadeus Mozart. O menino, esperto e brincalhão, era apenas Wolfgang, ou carinhosamente chamado pelos seus familiares de “Wolferl”. Aos quatro anos de idade, o menino Wolfgang descobriu o cravo. O menino acompanhava os exercícios no cravo, nas aulas ministradas a sua irmã, Nannerl; Nannerl era cinco anos mais velha que Wolfgang. Para ele, a música parecia um agradável brinquedo.
O interesse de Wolfgang pela música não passou despercebido por seu pai. Leopold, então, passou a ensinar música ao filho, que aprendia com extrema facilidade e com prazer. Escolhia, para as suas lições, músicas para o cravo. Mas, o inquieto menino não se limitava a elas, e aventurava-se a executar músicas de sua própia criação. No início, Wolfgang contentava-se com a improvisação, mas, depois, sempre que lhe ocorriam idéias melódicas, fazia anotações.
Não tardou para que Leopold, seu pai e professor, se convencesse de que o filho possuía uma rara musicalidade. O pai já estava certo de que seu filho era dotado de um talento incomum para a música. Também sabia que não podia negligenciar nos estudos musicais do filho. Então, decidiu fazer com que o talento de Wolfgang fosse desenvolvido mais intensamente, e com os métodos que se faziam necessários ao estudo da música mais refinada.
A música, em Salzburgo, era tratada com muita seriedade, mas isso não era o suficiente para que Wolfgang pudesse alcançar o desenvolvimento pretendido pelo pai; este, viu que o melhor caminho para atingir o objetivo que almejava eram as viagens, os professores melhor qualificados e as platéias mais refinadas. Para isso, Leopold entendeu que deveria apressar-se em deixar Salzburgo, com Wolfgang e Nannerl, já que almejava um aprimoramento musical para ambos os filhos.
Leopold não apenas aspirava uma sólida posição na música européia para Wolfgang, mas, também, tinha consciência de que esse desenvolvimento ajudaria a ganhar mais dinheiro e prestígio social, além de outras vantagens. E para colocar seu plano em execução, Leopold abandonou vários de seus afazeres, para fazer com que Wolfgang passasse a estudar sob um rigoroso e sistemático regime.
Também estava nos planos de Leopold, buscar aperfeiçoamento musical para sua filha, Nannerl Mozart, cinco anos mais velha que Wolfgang. Nannerl já era, nessa época, uma instrumentista exímia. O cravo era o instrumento que dominava. Sendo assim, escursões, professores qualificados e grandes plateias abririam caminho para os irmãos Mozart. E satisfazia a ambição de Leopold.
Para acessar a segunda parte deste trabalho, clicar em MOZART – Parte II




REFERÊNCIAS:
CAMARGO GUARNIERI. Grandes Compositores da Música Universal, nº 20. São Paulo: Abril Cultural, s/d.
AUGÉ, Claude. Petit Larousse. Dictionnarire Encyclopédique Pour Tous. 24ª tirage. Paris, 1966.





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2 comentários:

  1. A isto eu chamo uma abertura em GRANDE e fiquei feliz com a escolha porque, durante 15 anos, estudei piano e alguma coisa conheço das obras dos clássicos!
    Serei uma aluna assídua, estou certa.
    Para ti e família um ano de 2012 muito e muito feliz.
    Beijo
    Graça

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  2. A história desse Grande Músico é fantástica. Desde pequeno já revelava o seu prodígio. "Dom Giovanni" é belíssima. Excelente...

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Obrigado a todos os amigos leitores.
Pedro