30 de jun. de 2012

PEDRO LUSO – O Brasil Pede Socorro






  [ PEDRO LUSO DE CARVALHO ]


Nos anos sombrios em que o Brasil viveu sob o regime político imposto pela ditadura militar, que se manteve por vinte anos, a contar de 31 de março de 1964, nós, brasileiros, passamos a conviver, em determinado período, com adesivos e painéis que eram expostos em automóveis (dos seus simpatizantes), ruas, avenidas e praças, com esta mensagem: “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”. Essa era a forma usada para justificar, a priori, os atos de crueldade praticados pelos governos nomeados pelos militares. Uma peneira para esconder a prisão ilegal (o Judiciário era um arremedo de poder), a tortura, a morte, e, menos grave, sob certo aspecto, o exílio.

Hoje, de volta ao regime democrático (não de todo consolidado), outro tipo de apelo poderia ser feito aos brasileiros, ocupando espaços semelhantes aos impostos pela ditadura, com a frase: “O Brasil Pede Socorro”, já que o nosso país está carente, não apenas de segurança pública - mergulhado que está em violência - mas, principalmente, de ética e moral. Poucos confiam nos políticos brasileiros, desde a presidente Dilma, passando pelos senadores, deputados federais e estaduais, governadores, prefeitos e vereadores.

Certamente, a ausência de confiança do povo não fica restrita aos poderes executivo e legislativo, esta existe também em relação aos juízes de todas as instâncias, não que todos sejam desonestos, mas porque alguns deles, desde ministros de tribunais superiores até os juízes menos graduados passaram a ser alvos de investigações, pelo visto, as mais sérias, que estão fazendo profundas apurações em crimes cometidos por alguns desses servidores públicos, alguns deles já condenados.

No tocante à segurança pública, nas grandes cidades, principalmente, constata-se a ausência de uma política séria, que deveria existir e estar voltada para a segurança de todos os brasileiros, sem distinção, a começar pelos mais humildes, que são os mais desamparados e esquecidos pelos governos. É evidente que a medida relacionada com a segurança visa a proteção, quer na prevenção, quer na apuração dos crimes cometido contra os cidadãos ou contra o patrimônio público e privado. Já a eliminação desse mal social dependerá de áreas ligadas à educação, emprego etc.

Presentemente, essa lacuna da segurança pública no Governo Dilma deixa a população desesperançada, no que diz respeito à possibilidade de vivermos em nossas cidades livres desses fantasmas que são o furto, o roubo, o sequestro,  o estupro, a prostituição de menores e homicídio. Infelizmente, a solução desses graves problemas sociais não será dada pelo atual Governo, como também não foi solucionada pelos governos de Fernando Henrique e de Lula, que, por dezesseis anos, anos, pouco ou nada fizeram, no tocante a implantação de uma política eficaz de segurança pública.

Em que pese possa parecer uma previsão pessimista, a presidente Dilma não conseguirá pôr cobro à criminalidade, que tomou conta das grandes cidades do nosso país. Por isso, logo teremos que fazer a escolha entre o aeroporto e a nossa permanência no país, prisioneiros em nossas próprias casas, convivendo diariamente com a ameaça ao nosso patrimônio e, pior ainda, de nossa vida, que estará sempre em jogo, tudo dependendo da decisão dos criminosos.

Portanto, quem escolher o aeroporto, nos dias atuais, certamente não fará essa escolha por falta de amor ao Brasil.


*  *  *


6 comentários:

  1. Anônimo15:41

    Até correr para o aeroporto, se acha atualmente algo complicado de se fazer, não precisa nem se comentar o porquê.
    Na verdade nenhuma administração, fez ou vai conseguir fazer algo, quer seja em qualquer área, se a população não exprimir o que se deseja, em segurança pública, em saúde, em educação, em política, e também aceitamos tudo muito passivamente, por exemplo: há uma discussão sobre Segurança Pública -Existe Segurança Pública neste País, a resposta é muito clara, NÃO!
    Mas, a população, precisa sair às ruas, os meios de comunicação, também precisam auxiliar a população, as instituições também, assim como fizeram com o Collor de Melo, lembra-se?
    O fora Collor, também precisa se traduzir para o fora insegurança, fora analfabetismo, fora falta de cultura, fora impunidade, fora corrupção, fora políticos usurpadores da boa fé do povo, ou seja, um FORA nacional, de caras pintadas ou limpas, tem que ser feito algum movimento, pois a pergunta é QUE POLÍCIA NÓS QUEREMOS?, QUE ENSINO QUEREMOS?, QUE POLÍTICA QUEREMOS? QUE SAÚDE QUEREMOS?, QUE PAÍS QUEREMOS???

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  3. Esperança no Brasil é planta ressecada pelo sol da incoerência, necessitando ser aguada pela coragem da transformação. Admiramos o mundo afora, as soluções que funcionam, a cultura antiga e primorosa, as inovações tecnológicas, porém, todavia nos omitimos quando uma resposta é valiosa. O trabalho de "re-construção" desta nação é direito civil emergente, é planejamento de idéias e oferta de oportunidade a todos.
    Às vezes, caro colega, achamos engraçado a politica de prosperidade e contribuimos para soterrar os desfavorecidos; consumimos, e arrotamos na face daqueles quais agonizam com apenas o necessário, as custas de suas próprias falencias pessoais.
    O compromisso com o Brasil é bandeira que o jovem vem carregando, e enquanto não for dada a devida importancia a voz juvenil de gerações inteiras que compõe a massa trabalhadora que eleva as divisas nacionais, uma minoria continuará regateando seu banquete de solidão e exílio.
    Parabéns pela crônica!
    Não desanime colega advogado.
    Visite: alfarrabiosdeoutrora.blogspot.com
    cidadaniadoscapitais.blogspot.com

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  4. O que me deixa mais triste é a insistência em "DITADURA MILITAR".
    Seria de bom grado abrir a outra parte.
    Só haverá esperança quando a verdade for dita.
    Deveríamos perguntar a quem viveu na tal "DITADURA MILITAR" e era trabalhador e honesto qual das ditaduras preferem, a de antes ou a de hoje?

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  5. Concordo no ponto em que os atuais govervos não têm elaborado políticas que visem melhorar a segurança pública. Porém, a falta de segurança não se encontra somente em nosso país, então a solução não é sair dele. Moro na Europa, e posso dizer que aqui também passam por problemas análogos, em diferentes tipos e escalas, mas também acontece bastante.

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  6. Hoje vim agradecer se ter registado
    no meu blogue, já fiz o mesmo neste
    seu.Já vi que tem vários.Voltarei
    sempre que possa.
    Um abraço
    Irene

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Obrigado a todos os amigos leitores.
Pedro