[ PEDRO LUSO DE
CARVALHO ]
Nos anos sombrios em que
o Brasil viveu sob o regime político imposto pela ditadura militar, que se
manteve por vinte anos, a contar de 31 de março de 1964, nós, brasileiros,
passamos a conviver, em determinado período, com adesivos e painéis que eram
expostos em automóveis (dos seus simpatizantes), ruas, avenidas e praças, com
esta mensagem: “Brasil, Ame-o ou Deixe-o”. Essa era a forma usada para
justificar, a priori, os atos de crueldade praticados pelos governos nomeados
pelos militares. Uma peneira para esconder a prisão ilegal (o Judiciário era um
arremedo de poder), a tortura, a morte, e, menos grave, sob certo aspecto, o
exílio.
Hoje, de volta ao regime
democrático (não de todo consolidado), outro tipo de apelo poderia ser feito
aos brasileiros, ocupando espaços semelhantes aos impostos pela ditadura, com a
frase: “O Brasil Pede Socorro”, já que o nosso país está carente, não apenas de
segurança pública - mergulhado que está em violência - mas, principalmente, de
ética e moral. Poucos confiam nos políticos brasileiros, desde a presidente
Dilma, passando pelos senadores, deputados federais e estaduais, governadores,
prefeitos e vereadores.
Certamente, a ausência de
confiança do povo não fica restrita aos poderes executivo e legislativo, esta
existe também em relação aos juízes de todas as instâncias, não que todos sejam
desonestos, mas porque alguns deles, desde ministros de tribunais superiores
até os juízes menos graduados passaram a ser alvos de investigações, pelo
visto, as mais sérias, que estão fazendo profundas apurações em crimes
cometidos por alguns desses servidores públicos, alguns deles já condenados.
No tocante à segurança
pública, nas grandes cidades, principalmente, constata-se a ausência de uma
política séria, que deveria existir e estar voltada para a segurança de todos
os brasileiros, sem distinção, a começar pelos mais humildes, que são os mais
desamparados e esquecidos pelos governos. É evidente que a medida relacionada
com a segurança visa a proteção, quer na prevenção, quer na apuração dos crimes
cometido contra os cidadãos ou contra o patrimônio público e privado. Já a
eliminação desse mal social dependerá de áreas ligadas à educação, emprego etc.
Presentemente, essa
lacuna da segurança pública no Governo Dilma deixa a população desesperançada,
no que diz respeito à possibilidade de vivermos em nossas cidades livres desses
fantasmas que são o furto, o roubo, o sequestro, o estupro, a prostituição de menores e
homicídio. Infelizmente, a solução desses graves problemas sociais não será
dada pelo atual Governo, como também não foi solucionada pelos governos de
Fernando Henrique e de Lula, que, por dezesseis anos, anos, pouco ou nada fizeram,
no tocante a implantação de uma política eficaz de segurança pública.
Em que pese possa parecer
uma previsão pessimista, a presidente Dilma não conseguirá pôr cobro à
criminalidade, que tomou conta das grandes cidades do nosso país. Por isso,
logo teremos que fazer a escolha entre o aeroporto e a nossa permanência no
país, prisioneiros em nossas próprias casas, convivendo diariamente com a
ameaça ao nosso patrimônio e, pior ainda, de nossa vida, que estará sempre em
jogo, tudo dependendo da decisão dos criminosos.
Portanto, quem escolher o
aeroporto, nos dias atuais, certamente não fará essa escolha por falta de amor
ao Brasil.
*
* *
Até correr para o aeroporto, se acha atualmente algo complicado de se fazer, não precisa nem se comentar o porquê.
ResponderExcluirNa verdade nenhuma administração, fez ou vai conseguir fazer algo, quer seja em qualquer área, se a população não exprimir o que se deseja, em segurança pública, em saúde, em educação, em política, e também aceitamos tudo muito passivamente, por exemplo: há uma discussão sobre Segurança Pública -Existe Segurança Pública neste País, a resposta é muito clara, NÃO!
Mas, a população, precisa sair às ruas, os meios de comunicação, também precisam auxiliar a população, as instituições também, assim como fizeram com o Collor de Melo, lembra-se?
O fora Collor, também precisa se traduzir para o fora insegurança, fora analfabetismo, fora falta de cultura, fora impunidade, fora corrupção, fora políticos usurpadores da boa fé do povo, ou seja, um FORA nacional, de caras pintadas ou limpas, tem que ser feito algum movimento, pois a pergunta é QUE POLÍCIA NÓS QUEREMOS?, QUE ENSINO QUEREMOS?, QUE POLÍTICA QUEREMOS? QUE SAÚDE QUEREMOS?, QUE PAÍS QUEREMOS???
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ResponderExcluirEsperança no Brasil é planta ressecada pelo sol da incoerência, necessitando ser aguada pela coragem da transformação. Admiramos o mundo afora, as soluções que funcionam, a cultura antiga e primorosa, as inovações tecnológicas, porém, todavia nos omitimos quando uma resposta é valiosa. O trabalho de "re-construção" desta nação é direito civil emergente, é planejamento de idéias e oferta de oportunidade a todos.
ResponderExcluirÀs vezes, caro colega, achamos engraçado a politica de prosperidade e contribuimos para soterrar os desfavorecidos; consumimos, e arrotamos na face daqueles quais agonizam com apenas o necessário, as custas de suas próprias falencias pessoais.
O compromisso com o Brasil é bandeira que o jovem vem carregando, e enquanto não for dada a devida importancia a voz juvenil de gerações inteiras que compõe a massa trabalhadora que eleva as divisas nacionais, uma minoria continuará regateando seu banquete de solidão e exílio.
Parabéns pela crônica!
Não desanime colega advogado.
Visite: alfarrabiosdeoutrora.blogspot.com
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O que me deixa mais triste é a insistência em "DITADURA MILITAR".
ResponderExcluirSeria de bom grado abrir a outra parte.
Só haverá esperança quando a verdade for dita.
Deveríamos perguntar a quem viveu na tal "DITADURA MILITAR" e era trabalhador e honesto qual das ditaduras preferem, a de antes ou a de hoje?
Concordo no ponto em que os atuais govervos não têm elaborado políticas que visem melhorar a segurança pública. Porém, a falta de segurança não se encontra somente em nosso país, então a solução não é sair dele. Moro na Europa, e posso dizer que aqui também passam por problemas análogos, em diferentes tipos e escalas, mas também acontece bastante.
ResponderExcluirHoje vim agradecer se ter registado
ResponderExcluirno meu blogue, já fiz o mesmo neste
seu.Já vi que tem vários.Voltarei
sempre que possa.
Um abraço
Irene