por Pedro Luso de Carvalho
Em Quem foi Lenin – Terceira Parte, descrevi fatos relacionados com a vida que o casal levava no exílio, em Genebra, que antecederam à sua volta Rússia. Neste texto pretendo abordar fatos ligados ao seu retorno à pátria, em 16 de abril de 1917, quando Lenin e Krupskaia, sua mulher, tomaram um trem que, através da Alemanha levou-os à Suécia e depois à Russia, juntamente com trinta e dois outros revolucionários. Na estação de Petrogrado foram recebidos com flores, refletores, discursos e bandeiras, recepção que desgradou Lenin, por estar a revolução apenas no começo, e já havia deomonstrações de falsas aparências burguesas.
As autoridades que alí estavam para recepcão, foram ignoradas; Lenin, dirigiu-se diretamente aos soldados e operários, para incitá-los a acabar com a revolução operária. A multidão que o aplaudia escolta Lenin, no carro blindado em que se encontra, até o quartel-general dos bolchevistas, intalado no palácio que fora de Ksesinskaia, uma bailarina que fora amante de Nicolau II. Aí Lenin iniciou uma batalha que, em seis meses, o levou a chefe de Estado.
Referindo-se à chegada do líder do seu exílio, escreve Christopher Hill (Lenin), que: “No dia de sua chegada a Petrogrado, o Ministro das Relações Exteriores recebeu da Embaixada Britânica um memorando no qual Lenin era citado como homem extremamente perigoso e excelente organizador, que muito provavelmente haveria de encontrar numerosos adeptos na capital russa”.
As autoridades que alí estavam para recepcão, foram ignoradas; Lenin, dirigiu-se diretamente aos soldados e operários, para incitá-los a acabar com a revolução operária. A multidão que o aplaudia escolta Lenin, no carro blindado em que se encontra, até o quartel-general dos bolchevistas, intalado no palácio que fora de Ksesinskaia, uma bailarina que fora amante de Nicolau II. Aí Lenin iniciou uma batalha que, em seis meses, o levou a chefe de Estado.
Referindo-se à chegada do líder do seu exílio, escreve Christopher Hill (Lenin), que: “No dia de sua chegada a Petrogrado, o Ministro das Relações Exteriores recebeu da Embaixada Britânica um memorando no qual Lenin era citado como homem extremamente perigoso e excelente organizador, que muito provavelmente haveria de encontrar numerosos adeptos na capital russa”.
A História registra que Lenin foi o teório organizador e líder da revolta. No entanto, sua figura não era familiar ao Soviete (menchevistas), por ter andado escondido durante os meses imediatamente anteriores à revolução; não apenas por isso, mas também porque preferia deixar o Soviete entregue a seus camaradas, que se distinguiam pela oratória.
Mas, na manhã de 8 de novembro de 1917, Lenin dirigiu-se ao Soviete de Petrogrado, para o trabalho que tinha que ser feito. Foi recebido com aplauso de camaradas entusiasmados, que, a um sinal seu, cessaram com o aplauso; Lenin foi direto ao assunto: “A revolução dos operários e camponeses, cuja necessidade urgente sempre foi proclamada pelos bolcheviques está nas ruas... Esta terceira revolução, em suas últimas consequências, tem de levar à vitória do socialismo”.
Após às teses de abril, a nova linha estatégica de Lenin, que seria adotada pelo partido, com os conselhos de deputados do povo, com todos os poderes numa República dos Sovietes, os bolchevistas conquistaram a maioria dos Sovietes e deram continuação ao novo programa: suprimir a polícia, o exército e o corpo de funcionários; confiscar todos os bens dos proprietários rurais; nacionalizar todas as terras; fundir todos os bancos num único banco nacional, controlado pelos trabalhadores. Aí estava, dizia Lenin, o primeiro passo para uma nova ordem.
Cumpre não esquecer que em 1917 ainda estava em curso a Primeira Guerra Mundial, na qual a Rússia integrava-a, por ter assinado o tratado da Triple Entente como um dos aliados contra a Alemanha. Por isso, as teses de abril tinha com um dos seus pontos a proposta de paz com a Alemanha, que causou reações contundentes por partes de todos que eram favoráveis ao prosseguimento da guerra ao lado dos aliados, sentimento que os leva a desencadear forte campanha difamatória contra Lenin.
As relações do líder com governo alemão, foram o alvo preferido pela imprensa liberal (Lenin voltou à Rússia depois de ter atravessado todo o território alemão, até a Suécia, com o seu país em guerra contra a Alemanha, sem ser molestado pelos alemães). Sobre o fato de Lenin ter atravessado a Alemanha, em 1917, com este país em guerra (Primeira Guerra Mundial) contra os aliados, o jornal italiano A Tribuna, assim se manifestou, em 29.04.1917:
“Lenin disse que foi obrigado a passar pela Alemanha porque a França não lhe permitiu transitar pelo país. Entretanto uma autoridade diplomática francesa noticiou que o Sr. Lenin jamais sonhou em pedir um sal-conduto para o território francês”.
No mês de abril de 1917 Lenin econtra-se isolado, mas isso não significaria que fosse perdurar tal isolamento; o tempo e os fatos fariam mudar essa situação: a burguesia e o proletariado não mais poderiam permanecer unidos pelo ódio contra a autocracia, de um lado, e, de outro lado, o soldado russo encontrava-se em mortal cansaço, e recusava-se a continuar combatendo no primeiro conflito mundial. Então o partido bolchevista logo tiraria vantagens importantes por ser o único partido qua havia se colacado ao lado do proletariado e contra a burguesia; mais ainda: era o único partido que queria a paz com a Alemanha.
Em futura postagem, continuaremos a contar um pouco mais da história de Vladimir Ilitch Ulianov Lenin. Para ler o primeiro texto, clique em QUEM FOI LENIN ? - PRIMEIRA PARTE.
Mas, na manhã de 8 de novembro de 1917, Lenin dirigiu-se ao Soviete de Petrogrado, para o trabalho que tinha que ser feito. Foi recebido com aplauso de camaradas entusiasmados, que, a um sinal seu, cessaram com o aplauso; Lenin foi direto ao assunto: “A revolução dos operários e camponeses, cuja necessidade urgente sempre foi proclamada pelos bolcheviques está nas ruas... Esta terceira revolução, em suas últimas consequências, tem de levar à vitória do socialismo”.
Após às teses de abril, a nova linha estatégica de Lenin, que seria adotada pelo partido, com os conselhos de deputados do povo, com todos os poderes numa República dos Sovietes, os bolchevistas conquistaram a maioria dos Sovietes e deram continuação ao novo programa: suprimir a polícia, o exército e o corpo de funcionários; confiscar todos os bens dos proprietários rurais; nacionalizar todas as terras; fundir todos os bancos num único banco nacional, controlado pelos trabalhadores. Aí estava, dizia Lenin, o primeiro passo para uma nova ordem.
Cumpre não esquecer que em 1917 ainda estava em curso a Primeira Guerra Mundial, na qual a Rússia integrava-a, por ter assinado o tratado da Triple Entente como um dos aliados contra a Alemanha. Por isso, as teses de abril tinha com um dos seus pontos a proposta de paz com a Alemanha, que causou reações contundentes por partes de todos que eram favoráveis ao prosseguimento da guerra ao lado dos aliados, sentimento que os leva a desencadear forte campanha difamatória contra Lenin.
As relações do líder com governo alemão, foram o alvo preferido pela imprensa liberal (Lenin voltou à Rússia depois de ter atravessado todo o território alemão, até a Suécia, com o seu país em guerra contra a Alemanha, sem ser molestado pelos alemães). Sobre o fato de Lenin ter atravessado a Alemanha, em 1917, com este país em guerra (Primeira Guerra Mundial) contra os aliados, o jornal italiano A Tribuna, assim se manifestou, em 29.04.1917:
“Lenin disse que foi obrigado a passar pela Alemanha porque a França não lhe permitiu transitar pelo país. Entretanto uma autoridade diplomática francesa noticiou que o Sr. Lenin jamais sonhou em pedir um sal-conduto para o território francês”.
No mês de abril de 1917 Lenin econtra-se isolado, mas isso não significaria que fosse perdurar tal isolamento; o tempo e os fatos fariam mudar essa situação: a burguesia e o proletariado não mais poderiam permanecer unidos pelo ódio contra a autocracia, de um lado, e, de outro lado, o soldado russo encontrava-se em mortal cansaço, e recusava-se a continuar combatendo no primeiro conflito mundial. Então o partido bolchevista logo tiraria vantagens importantes por ser o único partido qua havia se colacado ao lado do proletariado e contra a burguesia; mais ainda: era o único partido que queria a paz com a Alemanha.
Em futura postagem, continuaremos a contar um pouco mais da história de Vladimir Ilitch Ulianov Lenin. Para ler o primeiro texto, clique em QUEM FOI LENIN ? - PRIMEIRA PARTE.
REFERÊNCIAS:
WALTER, Gerard. Lenin. Paris: Edições Albin Michel, 1971.
PALTRINIERE, Marisa. Lenin. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1975.
FOTIEVA, L. Lenin. Trad. de Zuleika Alambert. São Paulo: Editora Fulgor, 1963.
HILL, Christofher. Lenin e a Revolução Russa. Trad. De Geir Campos. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1963.
Bom dia
ResponderExcluirUm resumo de uma parte da biografia de Lenine.
Leitura agradável onde sobressai o poder da oratória que arrasta multidões que nunca pensam nas consequências futuras.
Apenas trocaram as personagens. A ditadura e a opressão continuaram.
Agora com uma agravante.
Ninguém é dono de nada nem tem direito a nada. São peças de um xadrez perigoso com a fome à espreita e com o medo escondido em tudo e todos.
Os bons oradores nunca serão os melhores políticos nem os melhores organizadores com justiça e bem.
Personaje historico para recordar,
ResponderExcluirllevado a los altares por el comunismo,tuvo un merito olvidado,
fue un enemigo de la guerra entre paises e hizo cierta aquella consigna de "proletarios del mundo unios"
Ese fin de la guerra provoco otras digamos.
Pero en la historia nada es lineal
Parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirAbraços!
Boa tarde,
ResponderExcluirNão tenho 'largado o pé' dos seus blogues, apesar de não pontuar a m/ presença com comentários.
Sempre temas interessantes e com assuntos que não serão do conhecimento geral. Muito bom!
No caso vertente do Lenin, é muito importante saber pormenores históricos, para interiorizarmos os tempos, e a personalidade de grandes homens como este o foi.
Obrigado pela divulgação das suas investigações.
Um abraço
César Ramos
Pedro,
ResponderExcluiragradeço a visita e estou seguindo seu blog com a certeza de que virei aqui muitas vezes. Abraço.
Olá Pedro
ResponderExcluirObrigado pela visita ao meu blog e por estar me seguindo.
Grande abraço
"A primavera chegará,
ResponderExcluirmesmo que ninguém mais saiba seu nome,
nem acredite no calendário,
nem possua jardim para recebê-la."
Cecília Meireles
Beijos poéticos de Bom dia!
(ausente por motivo de saude voltando devagar
com muitas saudades)
parabéns pela otima postagem...
Interessante saber quem foi Lenin...Fala-se tanto e pouca gente sabe...Curiosamente as grandes (por qualquer razão) figuras da história, são na sua maioria desconhecidas do grande público. Conhecem-lhe o nome, quando viveu e muito pouco mais...não sei se defaco se libertaram da lei da morte...pelo menos, o nome circula, ás vezes...
ResponderExcluirBeijo
Graça
Adorei este post. Realmente, muito bom. Você já leu oі livroі Os Bolcheviques e A guerra particular de Lenin? Ambos são muito bons, acho que vc vai gostar.
ResponderExcluirAbraços e obrigada por um post deste nível.
É sempre um prazer regressar aqui e reaprender o que por vezes está esquecido.
ResponderExcluirUm abraço e uma excelente semana
Chris
Querido Amigo
ResponderExcluirUma semana muita feliz e com muita escrita para nos deliciarmos.
Graça
Olá Pedro
ResponderExcluirA história da Rússia sempre me encantou, especialmente a época dos czares. A opulência daqueles palácios contraposta à miséria em que vivia uma grande parte do povo, as mudanças drásticas que ocorreram no regime político, o rigor da formação artística, as companhias de bailado com execuções magníficas...enfim.
E tu cá nos deixas mais um belo post com mais um pouquinho de história para nós aprendermos ou recordarmos.
Obrigada e beijinhos do lado de cá do Atlântico.
Obrigada também pela tua visita e pelo comentário no meu blog.
Olá Pedro, perdoa-me a ausencia, mas foi pelo batizado da netinha, e depois minha viagem aqui para New York, onde fico até fins de maio.
ResponderExcluirEstava saudosa deste seu espaó cultural, agora estarei sempre presente para poder ler suas importantes postagem,
com admiração,
Efigênia Coutinho
interessantíssima a sua idéia de colocar a história de uma forma muito agradável em blogs, etc.
ResponderExcluirJá o coloquei na barra lateral do meu blog
olá pedro,
ResponderExcluirpassando para deixar meu abraço e um otimo dia.
bjos.
Foi Lenin que mandou matar a familia imperial?
ResponderExcluirA decisão de matar o Czar e toda sua família, é mais provável que tenha vindo de Lenin, pessoalmente, hipótese que é aceita por Trotski.
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