por Pedro Luso de Carvalho
No ano de 1967 a Editora Edart publicou o livro Pasteur e a Ciência Moderna, escrito pelo francês René Dubos, no qual faz um relato minucioso das descobertas do criador da microbiologia, Louis Pasteur. René Jules Dubos (1901-1982) recebeu o grau de Doutor em Filosofia na Universidade Rutgers, em 1927. Foi microbiologista e patologista eminente, pioneiro na descoberta dos antibióticos; membro e professor do Instituto Rockefeller, de Nova York. Em 1944, lecionou na Universidade de Harvard no período de dois anos, sem ter deixado o Instituto.
Nos quatorze capítulos dessa interessante obra sobre Louis Pasteur, físico, químico e biólogo, e um dos nomes mais importantes da ciência de todos os tempos, René Dubos traça uma biografia do cientista antes de abordar as suas pesquisas de estereoquímica, aos seguintes estudos: 1) sobre as fermentações [demonstrou que eram causadas por microorganismos e que não existia a “geração espontânea” de micróbios]; sobre o bicho-da-seda; 2) sobre os vinhos; 3) sobre a conservação da cerveja (pausterização). E, também, outras descobertas, como: o micróbio que causa o carbúnculo (e a vacina); vibrião séptico [descoberta]; o estafilococo; a vacina contra a raiva etc.
Louis Pasteur nasceu na pequena cidade francesa de Dôle, no dia 27 de dezembro de 1822. Sua família vivia com os sacrifícios próprios de quem não tem posses. Seu pai, um ex-sargento dos exércitos de Napoleão, que trabalhava com um pequeno curtume em sua casa, acalentava o sonho de ver seu filho formar-se para se tornar professor, profissão que na época representava grande distinção, e, para isso, não poupou esforços para mantê-lo estudando. Uma vez concluída a Escola Normal Superior, ingressou no magistério, mas aí ficaria por pouco tempo, já que voltaria sua vida para a ciência, com dedicação exclusiva.
Pasteur dedicou-se, desde muito cedo, ao desenho e à pintura, e em certa altura de sua vida pretendeu tornar-se profissional, como caricaturista, inclusive. Mas, aos dezenove anos, deu a definitiva guinada em sua vida ao decidir-se pela ciência, em detrimento da carreira artística. Albert Edelfeldt, pintor de prestígio, que pintou o retrato de Pasteur em seu laboratório, em 1887, que se tornaria famoso, disse, por carta que “se Pasteur tivesse escolhido a arte ao invés da ciência, a França contaria hoje com mais um hábil pintor...” Perdeu a pintura para a ciência, em benefício da Humanidade.
Por suas pesquisas e descobertas, Pasteur mereceu o lugar que ocupou na Academia Francesa de Letras, em 1882, já no ocaso de sua existência; o mesmo pode ser dito por ter integrado a Academia de Ciências (dela recebeu um prêmio por seus estudos sobre fermentação, em 1861). Bem antes de ter recebido essas honrarias Pasteur já havia recebido a Légion d'Honneur Francesa pela descoberta sobre o desvio no plano de polarização da luz, com apenas 26 anos de idade. Por tudo o que fez em prol da Humanidade, Pasteur constituiu-se no seu maior benfeitor.
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Meu amigo, que maravilha a terra receber homens como esse! Maravilha seu post. Um beijo grande, CON
ResponderExcluirEngraçado, Pedro... lendo esta tua resenha, sobre a vida e a obra de Pasteur, fico pensando acerca dos dias atuais, e verificando que figuras assim, que marcaram uma diferença na história da humanidade, por este ou aquele invento ou iluminação, nunca mais brindaram a humanidade após a segunda metade do sec XX.
ResponderExcluirQuem tivemos, de extrema relevância, nos últimos sessenta anos, no universo das artes ou das ciências? Stephen Hawking? Sim, ele sim. Mas ainda assim temos que admitir que parte da sua fama e reconhecimento mundiais, se deve ao fato de ser ele uma pessoa especial, extremamente debilitada, em que o brilhantismo e a inteligência fora de série, que de fato ele tem, resplandecem de forma maior.
Mas e no campo das GRANDES descobertas? Das grandes invenções? Acho eu, que o último grande expoente do mundo contemporâneo, no mundo das ciências, foi Einstein. Estou certo?
Será que não há nada de grandioso a ser inventado? Ou a ser descoberto? Acho que há, muita coisa, aliás...
Minha impressão é a de que, nos dias de hoje, a ciência e a pesquisa perderam seu caráter individualista que tiveram no passado. Hoje as pesquisas, com células tronco e as da área da genética, por exemplo, não são tocadas romanticamente por um indivíduo visionário, de QI 250, de dentro da cozinha da sua casa, mas sim por grupos organizados de cientistas em universidades e centros próprios. É o mundo de hoje!
Acho que isso é bom! Centenas de universidades e milhares de cabeças pensantes pesquisando dia a dia, para termos uma vida melhor, mais saudável, com remédios mais potentes, com automóveis mais modernos, com computadores mais incríveis, com tecnologias mais e mais futuristas, etc.
Por outro lado, confesso que gostaria de ver se erguer um novo mito nesta área! Um Einstein, um Da Vinci, um Pasteur...
Abraços
Cesar Cruz
Senhor Pedro Luso,
ResponderExcluirNestes tempos apreensivos da gripe suína, é sempre boa a lembrança de Louis Pasteur.
Att.
L. Soares
Olá Pedro:)
ResponderExcluirAdorei este post.
Este foi um grande cientista, sem dúvida e que deixou um legado muito importante em variados domínios. E como grande cientista que foi, ousou questionar as "verdades" da sua época. Tal como Galileu e outros depois dele.
Mas actualmente fala-se muito da origem da vida. É interessante assistir ao debate entre Darwinistas e defensores
de que só um intelecto superior pode estar na origem das formas de vida complexas.
É verdade que a teoria da evolução foi amplamente aceite nos círculos científicos. Teoria que revolucionou as ciências há 145 anos.
Mas o enorme número de biólogos que cada vez mais apoia a inteligência superior como causadora de tudo colocou os
Darwinistas na defensiva, enquanto por outro lado encoraja os Cristãos, ao verem uma vez mais confirmados os ensinos
Bíblicos.
Os Darwinistas não conseguem explicar algumas grandes questões, como por exemplo, como é
que certas formas de vida se desenvolveram. Isto tem levado muitos a concluir que só uma inteligência superior o pode
explicar.
O debate está mais aceso do que nunca.
Beijos
Das notas biográficas incluídas nesta publicação retiro uma sensação indefinível da razão inquestionável de ter sido bom Pasteur ter optado pela ciência.
ResponderExcluirPara mim, que faço da minha vida pinturas, encontro uma boa ferramenta para o exercício da humildade.
Ah! Lembro-me de Leonardo a tentar conjugar arte e ciência. A sua ciência tinha alma na fantasia e no sonho, mas abriu portas para realizações científicas práticas....
E pensando, ocorre o dualismo de juízo, sobre avanços científicos de base. Física nuclear, engenharia genética....
E se Pasteur tivesse sido caricaturista?!......
Abraço
Passei para lhe desejar um feliz dia dos pais.
ResponderExcluirEspíritos evoluidos transitam neste Panorama com se estivessem em suas próprias casas.
Até mais,
Cris
Caro Pedro,
ResponderExcluirAgradeço, especialmente, a sua resposta.
Com certeira objectividade e com verdade realiza a sensível tarefa de realçar a importância equivalente das actividades humanas.
Retribuo o seu abraço.
Inda bem que eu acheii para eu fazer meu trabalho
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