20 de jul. de 2009

PAULO COELHO, UM FENÔMENO!



por Pedro Luso de Carvalho



Não li nenhum dos livros de Paulo Coelho, mas reconheço que o escritor é um homem que sabe conduzir os negócios que se relacionam com a sua produção literária. Esse talento do escritor é inegável, tanto que até hoje ninguém vendeu tantos livros quanto ele, desde que livros são escritos e vendidos em todas as partes do mundo. Portanto, o preconceito, que no Brasil é manifesto em muitas esferas culturais sobre a qualidade das obras de Paulo Coelho, pouco tem pesado, ou quase nada, no que diz respeito à aceitação de seus livros pelos seus leitores, daqui e de boa parte do mundo.


E, mesmo que dito preconceito barrassem a venda de sua obra aqui no Brasil, isso não impediria que em outros países leitores buscassem livrarias para adquirir os seus livros, como vem ocorrendo há muitos anos. O que se tem visto pelos meios de comunicação é que a obra de Paulo Coelho tem tido uma invejável aceitação, como acontece, por exemplo, na França, país que é um símbolo do bom gosto e da cultura, onde escritores de todo o mundo aportam, principalmente em Paris, em busca da fama que a Cidade Luz pode lhes dar, isso, desde os anos de 1930, no mínimo.


Também não se pode dizer que, nos países em que seus livros são vendidos, Paulo Coelho seja tratado como uma pessoa folclórica, como, aliás, acontece no seu país, o Brasil. Em muitos países o escritor é recebido por pessoas públicas importantes, como é o caso de Sarkozy, presidente da França, e por aí afora. E nos locais onde se apresenta, a ele é dispensada uma atenção digna de escritor de renome, onde não se vislumbra preconceito sobre a sua obra literária.



No dia 15 de outubro de 2008, Paulo Coelho concedeu uma entrevista coletiva em Frankfurt, Alemanha, onde ele foi o convidado de honra para a 60ª edição da Feira do Livro de Frankfurt, o maior evento da indústria editorial do mundo. Paulo Coelho desembarcou em Frankfurt, onde se encontravam 7.373 expositores de 101 países, para comemorar os 100 milhões de exemplares de livros vendidos em todo o mundo e receber o prêmio Guinness por ser o autor do livro mais traduzido no mundo, O Alquimista, em 67 idiomas. Em entrevista coletiva, Paulo Coelho foi sucinto ao se autodefinir: “Sou o intelectual mais importante do Brasil. Ponto. Não preciso explicar”. Salve, Paulo Coelho!



13 comentários:

  1. Olá, Pedro Luso!

    Não sou uma pessoa viajada, mas tenho conhecidos que informam que não há diferença entre o intelectual de fora e o daqui. Significa dizer que há, além do chamado cânone (obras consideradas de boa qualidade literária), também uma literatura de consumo onde há leitores - p.ex., as narrativas policiais, sem grandes arquiteturas de ordem estética, são ainda hoje muito bem vendidas.
    Eu 'invejo' Paulo Coelho, em alguns aspectos. Sua popularidade é invejável. Dele li 'Brida' e alguns textos outros em jornais. Sinto que não é exatamente um autor que me interesse no plano literário, mas que encontrou uma fórmula para agradar o seu público. Reconheço-o como um intelectual e grande vendedor de livros - e isso é ótimo, para ele, para a literatura de consumo, para o cânone (que é aos poucos depurado, não aceitando uma "figura pública" em suas hostes) e para o Brasil - todos ganham.
    Eu amo, adoro Paulo Coelho e considero que ele pode falar a aberração que desejar, porque não é apenas um escritor - como disse, ele é uma das poucas celebridades brasileiras receonhecidas mundialmente. E ainda poderíamos acrescentar que ele faz caridade.
    Que mais coelhos best-sellers saiam da cartola brasileira para o mundo.

    Obrigado!

    - Henrique Pimenta

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  2. Anônimo18:48

    É, não precisa explicar. Cada um lê o que quer ou o que pode...Saramago, em seu "Memorial do Convento", nos diz: "O mundo de cada um é os olhos que tem". Ponto final.

    Não tenho preconceito algum com Paulo Coelho. É um escritor de sucesso. Li pouco títulos de sua obra, entre os quais "O alquimista", "Veronika decide morrer" e "O Monte Cinco". Não desgostei.

    Creio que o que mais atrai as pessoas é o misticismo, o mistério, o transcedental, o inexplicável...que Paulo Coelho maneja com singular maestria, afinal, é um bruxo...

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  3. Pedro, Cada amigo novo que ganhamos na vida, nos aperfeiçoa
    e enriquece, não pelo que nos dá, mas pelo
    quanto descobrimos de nós mesmos.

    Ser amigo não é coisa de um dia. São gestos, palavras,
    sentimentos que se solidificam no tempo
    e não se apagam jamais.

    FELIZ DIA DO AMIGO!!!

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  4. Falar apenas em preconceito com o autor é ser minimalista, eu li alguns dos primeiros livros dele e não encontrei essência alguma, vi uma literatura plagiária de Carlos Castaneda, escritor que escreveu quase duas décadas antes as mesmas coisas que o Paulo Coelho colocou em "Diário de um mago". Fenômeno de venda de livros, Paulo Coelho é apenas isso, passa longe de ser um escritor interessante. Não leio e não recomendo, mas reconheço que ele é um fenômeno tipo Harold Robbins que vende livros aos milhões e não diz coisa alguma.

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  5. Olá Pedro,

    Mais um bom e polêmico texto!
    Deixe-me expor minha opinião sobre o PC. Quando comecei a ler, de verdade, lá pelos meus 18 anos, pulei da Agatha Christie (de quem já tinha lido metade da obra) para o PC. Isso foi bem na época em que se deu o BOOM-PC no Brasil. Na ocasião, todos carregavam seu exemplar de O Alquimista preso ao sovaco. De repente, o brasileiro (pelo menos o urbanoide paulistano, como eu) começou a ler, pra valer! Que bom! Em seguida, se não me engano, veio o Diário de um Mago: nova febre. Todos liam e repetiam chavões do tipo: "tenha calma, o universo conspira a seu favor". Pois bem, Pedro, a meu ver, aí está o mérito do PC e sua verdadeira contribuição ao nosso panorama literário: a iniciação de uma geração. PC funcionou como funcionou o vinho alemão da garrafa azul, no idos de 1990, e fez o brasileiro começar a se aproximar no mundo do vinho. Sejamos sinceros: quem hoje, dos que começou naquela época a tomar vinho, ainda aprecia vinhos docinhos e mal produzidos como aqueles pseudo-alemães? Ninguém. O tempo passou para aquele jovem e o amadureceu, o levou a conhecer coisas melhores, a requintar seu paladar. Hoje, se o sujeito aprendeu sobre vinhos e já bebe coisas de melhor qualidade, deve aos alemãezinhos da garrafa azul. Eu sou um deles, por exemplo.
    O PC fez o mesmo. Teve, portanto, o mesmo mérito: iniciou uma geração no mundo da leitura.
    Bem, quanto à sua obra, quem sou eu para dizer alguma coisa? Deixo a palavra com um professor que tive no curso de Administração de Empresas: Sérgio Bars. Sérgio defendeu uma tese de mestrado, na Casper Líbero, aqui em SP, intitulada: Paulo Coelho: Mito e Mercado. Vale uma lida neste trabalho, muito sério e bem alicerçado. Jogue o título no Google juntamente com o nome do Sérgio, e o achará na íntegra. Você verá que o Jair está certo, mas apenas parcialmente. O que o PC fez foi criar uma enorme colcha de retalhos com um pouco de muita coisa: trechos do hinduísmo, da Bíblia de Jerusalém, do Alcorão, etc. Juntou a isso uma boa dose de misticismo eclético (de várias correntes e ideologias) e um bom (excelente!) marketing pessoal, suportado por seu histórico de mentor, compositor-parceiro e amigo do Raul Seixas... enfim, espie a tese do Sérgio e opine.
    Forte abraço, Cesar Cruz

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  6. Não espalha.....mas também nunca li.
    Que ele que tem mais condição de usar o fardão da ABL do que muita gente que toma seu chazinho lá, `as quartas-feiras..isso eu acho que tem.

    Thereza

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  7. Eu já li alguns livros de Paulo Coelho, confesso que, ao acabar de ler, sempre me perguntava o que faz desse autor um sucesso de vendas. Não que seja uma literatura ruim, mas nada de excepcional!
    Não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro, existem alguns mitos injustificáveis a respeito de obras e pessoas lendárias. Um exemplo disso, na minha singela opinião, é a respeito do mito de Lampião. Um líder criminoso, sanguinário, sem causa nobre; que matava apenas por sede de poder; e no entanto foi chamado em um jornal estadunidense, de Robin Hood da caatinga.
    Dizer que Paulo Coelho é o intelectual mais importante do Brasil não é uma verdade. Ele é um fenômeno de venda. Ponto. Rsrsrssss

    Abraço Pedro

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  8. É com satisfação e alguma surpresa que, ao deambular por este mundo de blogs deparo com este espaço. Dando-nos conteúdos multitemáticos, mantém um constante nível de interesse e um irrpreensível bom gosto nas escolhas, assunto que devido ao seu carácter subjectivo, é raro de encontrar. Daí a minha surpresa.

    Sartre e Beauvoir, Villa-Lobos, Pessoa, Borges, Buñuel, Dostoiévski, Nietzsche, Miles, Hubbard, Bechet, Moustaki, a recordação de Sacco e Vanzetti, Hesse e ainda a pintura de Ensor a ilustrar um poesia negra em que o perfume da morte adorna a presença de inúmeros fantasmas da zona escura do espírito humano.

    Cumprimento-o por esta proeza.

    Voltarei, seguramente....

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  9. Lia Paulo Coelho como
    quem lê fábulas, com o mesmo
    encanto com que li Herman
    Hesse nos anos 70. Ele sempre
    parecia para mim como o mago
    Merlin, envolto em mistérios,
    um desbravador do desconhecido,
    um rebelde sonhador que
    mexia com o que tem que
    brilhar dentro da gente. Seus
    livros são pueris e encantados,
    e na magia com que tece seus
    romances foi arrebatando leitores
    no mundo inteiro.
    Hoje, Paulo Coelho, mais
    que letras e além delas, se
    traduz em números. Um pop star da literatura universal, que
    transmite a cultura oral dos
    povos, suas parábolas e lendas
    e, num passe de mágica, transforma
    estórias em ouro. Um
    alquimista verdadeiro.Não cabe comparar Paulo Coelho aos escritores amantíssimos da língua portuguesa.Não existem parâmetros de comparação.Não leio Paulo Coelho como leio Machado de Assis.
    Com obras publicadas em
    160 países e adorado em todo
    o mundo, Paulo Coelho permitiu
    ser biografado pelo escritor
    e jornalista Fernando Morais,
    abrindo seu baú e revelando
    seus diários. Fernando dá contornos
    à história de obstinação
    de Paulo desde o seu nascimento
    - ele realizou o sonho
    que desde os dez anos alimentava
    como uma obsessão: “ser
    um escritor lido e reconhecido
    em todo mundo”. Os diários de
    Paulo, diz Morais, deram a verdadeira dimensão do que o biógrafo chama de sua “busca
    incessante e neurótica da lenda
    pessoal”, ou seja, a realização
    do sonho de ser escritor.
    Não é mero jogo de palavras:
    tendo em vista a quantidade
    de adversidades que a vida pôs
    diante dele,e se tivermos alcance para imaginar a dificuldade de sua proeza em ter sucesso como escritor.
    A influência do mago primeiro arcano do tarô revela-se como o pensamento que antecede a idéia antes de ser concebida.Como hippie Paulo Coelho viajou pelo mundo o que resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, e em 1986, fez a peregrinação pelo caminho de Santiago, na Espanha.
    Sua história é fascinante,conseguiu ter três títulos ao mesmo tempo nas listas de mais vendidos na França, Brasil,
    Polônia, Suíça, Áustria, Argentina,
    Grécia, Croácia. De
    acordo com a revista francesa
    “Lire”, foi o segundo escritor
    mais vendido do mundo em
    1988.Sua obra foi traduzida em 56 línguas e dialetos.
    O que tenho a observar é
    que a vibração de Paulo Coelho
    com sua nudez consentida
    perante o mundo é inspiradora,
    dramática, envolvente... E
    só um mago mesmo para chegar
    placidamente aonde ele
    chegou.
    Li sua biografia de um só
    fôlego e realmente ele é maior,
    muito maior que a sua obra.
    O leitor o segue inspirado em sua lenda pessoal.
    Paulo Coelho é carioca,roqueiro,brasileiro,solar.
    .Um mago que escreve a vida
    Agora se o que Paulo Coelho escreve é boa literatura?
    -Isto é outra conversa.
    E salve,Paulo Coelho!


    Gosto demais de percorrer seu espaço aberto a opiniôes.Só tem um problema quando eu passo por aqui eu vou ficando,vou ficando...


    Com admiração,

    Cris

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  10. Seu blog é muito bom.

    O livro " Correspondencia entre amigos de Hesse e Thomas Mann " é um bom livro

    Gosto muito do que Hesse escreveu especialmente O Jogo das Contas de Vidro que é expecionalmente belo.

    Fiquei triste, muito triste, quase chorei com a comparação entre Hesse e Paulo Coelho.

    Hesse foi lido como literatura de iniciação nos ano 60 por que na época existia toda a valorização de um misticismo do oriente oriuda dos Beatles e era "chic" ler Hesse
    naquele momento mas o distanciamento histórico demonstrou que é na realidade um grande autor que atingiu o acme com O JOGO DAS CONTAS DE VIDRO, onde expõe toda a profundidade do que produziu de forma magistral jamais quis ser celebridade nem perseguia lenda pessoal apenas no final, gostava de ficar recolhido em Montagnola, na Suiça a refletir sobre o ser e as utopias.

    O Poema Degraus de Hesse em O JOGO
    das CONTAS DE VIDRO, demonstra o que é boa literatura.


    Degraus de Hesse

    “ Assim como as flores murcham e a juventude dá lugar à velhice assim floresce cada período da vida e a sabedoria e a virtude, cada um a seu tempo, pois não podem durar eternamente.
    A cada apelo da vida deve o coração estar pronto a despedir-se e a começar de novo, para, com coragem e sem tristeza se entregar a outras novas ligações. Em todo o começo reside um encanto que nos protege e nos ajuda a viver
    Os degraus um a um, devemos com alegria percorrer
    sem nos deixar prender a nenhum deles, como a um lar
    O espírito do mundo não nos quer prender, nem nos quer encerrar , mas sim, elevar-nos degraus por degraus nos ampliando o ser
    Quando nos habituamos a um círculo de vida, e ficamos
    íntimos, nos ameaça o torpor; e apenas aquele que está pronto a partir e viajar se furtará da paralisia dos hábitos.
    Talvez também a hora da morte, nos lance, jovens, para novos espaços, pois o apelo da vida nunca tem fim ...
    Vamos, Coração, despede-te e cura-te "

    Paulo Coelho, li sem preconceito mas não lembro de nada que escreveu. Quem sabe algum dia vem um livro que nos marque ?

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  11. Eita, que polêmica, hein? Mas lendo os comentários vi muitas opiniões com as quais concordo. Por exemplo, que Paul Coelho é uma figura respeitada em todo o mundo, não há dúvidas. Que é um talento em marketing também é óbvio, e por aí vai.
    Porém, nas devmos misturar as coisas. Literatura é ainda literatura, auto-ajuda é outra coisa. E também acredito, em meu modesto ponto de vista, que comparar Paulo Coelho a Hermann Hesse (autor de maravilhosas crônicas de viagem) é um disparate.
    E quanto ao misticismo da obra desse autor, sempre digo a mim mesmo que prefiro ir ás fontes. Então vamos ler a Bíblia, o Tao Te King, Hermes, etc.... pois ali encontraremos as grandes revelações.
    Coloquemos , então, Paulo Coelho, como uma pessoa carismática, inteligente, um fênomeno mesmo ( e o admiro por isso), mas um fenômeno de vendas, de carisma, não como um fenômeno de literatura, que é bem outra coisa.
    Grande abraço, meu amigo.

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  12. Anônimo18:20

    Uma vez um conversava com um amigo sobre escritores de sucesso comercial. Queríamos entender por que vendem tantos livros. Na ocasião ele me emprestou um livro do Paulo Coelho e um do Lair Ribeiro. Li ambos e entendi por que Lair Ribeiro vende, mas Paulo Coelho... Mesmo para um leitor mediano e pouco exigente, o livro é chato, insosso, tedioso. Na ocasião, concluí que as capas atraiam o público, vendiam uma imagem de mistério, bruxaria, domínio de forças ocultas e outras fantasias baratas desse tipo - que o livro, na verdade, não supria.
    Também fiquei com a impressão (que não posso confirmar) que Paulo Coelho é mais comprado para presentear do que para consumo próprio. O raciocínio poderia ser: "O cara é famoso, o livro não é tão caro e a capa é legal. Não será considerado um presente de mau gosto. Fulano/a vai gostar..."
    A propósito, Pedro, seu comentário é tão condescendente com o Coelho mas, no entanto, você ainda não se decidiu a perder tempo lendo um livro dele? Um sequer, ao menos para ver se descobre alguma qualidade?

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  13. Anônimo20:49

    Sou estudante de Literatura Portuguesa e Russa e, com minha humilde opnião, considero esta discussão a respeito de Paulo Coelho é super válida, desde que não me venham compará-lo com Dostoivski, Nietzsche e Harold Robbins.

    Concordo que a quantidade de livros que se vende não é relativo a qualidade literária. Mas Paulo Coelho se destaca por desenvolver uma narrativa que, ao contrário de muitos autores de "auto-ajuda", transmite uma mensagem sempre positiva com fundo olhar sobre acontecimentos vindos da Força Maior. O que quero dizer é que ele nos faz sentir bem com suas histórias (ou relatos, as vezes confude dado o detalhamneto muito profundo dos persongaens).

    Quanto a qualidade literária, não é por que não se interessou por um assunto quer dizer que o livro não seja bom. Ou a forma que o autor abordou o tema/assunto pode alterar o interesse.

    Dos diversos livros que dele, com excessão de "Diário de Um Mago", me encantaram profundamente.

    Creio o gostar dos livros dele esteja associado ao entendimento. são livros de momento. Eles podem significar de formas diferentes e isso vai depender de seu estado de espirito.

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Obrigado a todos os amigos leitores.
Pedro